quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Czar

A condenação desmedida das meninas do Pussy Riot e a proibição da parada gay (74% dos russos acreditam que gays e lésbicas têm um desvio moral ou um problema mental!) são apenas pequenas sintomas de uma Rússia que, mesmo se abrindo economicamente para o mundo, mantém uma tradição feudal nas relações com o humano e com a humanidade. Resultado de uma história de totalitarismo que se inicia com seus Czares, estende-se pelo Século XX com Stálin e dá claros sinais de sobrevida no Século XXI no autoritarismo e na figura personalista de Putin. Essa Rússia do atraso, que se nega a fixar os olhos no resto da Europa e abrir suas janelas a outros ventos e pensamentos, foi muito bem descrita pelos seus romancistas (para mim Dostoiévski em especial) e pelo cinema moderno do país. Lá, também, foi uma escolha das elites fazer do país o que hoje ele aparenta ser. A cara de Putin, e da Rússia, não está nada bem aos olhos do mundo.



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