quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
On Canvas
Havia o pão da noite anterior. As migalhas espalhadas pelo prato. Os anseios, desmedidos, cumpridos. Requentei o pão e criei esperança das migalhas. O café tava tão quentinho... “Esperança é foda”, penso. A sala continuava atulhada de tanto: mesa, cadeiras, papéis, estórias, cansaço, descanso. Junto tudo em ideias claras usando uma cara de louco quieto e sereno que circula nu pela praia. Tudo em suspenso. Se alguém gritasse lá fora ou o mundo acabava ou Deus o refaria (aqui pra nós, seis dias é muito pouco tempo...). Não estar morto me aquece.
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