terça-feira, 2 de julho de 2013

Dona da minha cabeça

Da minha cabeça sem norte escorre uma saudade de bem longe daqui. Uma saudade de pontes, de avenidas, uma saudade de porvir. Uma saudade que ficou no caminho, uma vontade de persistir. Talvez vontade errante, mas com um desejo danado de existir. Saudade ou vontade, já nem sei pra que deus me dirigir. Só sei que tem gosto de carne. Às vezes, cheiro de alecrim. Uma coisa é certa: É uma vontade desejosa de saudade, expliquemos assim, essa coisa gostosa que se remexe toda dentro de mim.

2 comentários:

  1. Parabéns pela beleza do poema! Tenho utilizado seus textos em minhas aulas, e apreciei um texto que minha aluna escreveu inspirada em seu poema. Um trecho do texto dizia assim: “ A saudade de tempos vividos, ou de entes queridos, é bicho às vezes malvado. Às vezes chega através dos sonhos, quando dormindo ou acordado. Outras vezes convive ao nosso lado, deixando o ambiente sempre vazio, embora esteja lotado. Se for saudade que canta, dança, sapateia... , ai não tem jeito, é maldade certeira n’alma de qualquer coitado. Sem contar que ela traz no bolso um lenço mofado." Pollyana Batista

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