sexta-feira, 20 de junho de 2014

Vinte poemas desesperados e uma canção de amor


E me arranco tonto, do meio das tuas pernas brancas
No teu precipício, descansa e mora a minha morte
Na tua barriga, a minha cabeça
Ali teu coração parece estar
A anatomia também se faz insana
Teu corpo, todo remanso e desarmonia, 
A cada noite ressuscita meu vício 
Quando pensava que nada dele restaria

Um comentário:

  1. Permita-me, juntamente, ao seu poema deixar o escrito de João Medeiros, um dos alunos selecionado, pois assim como seu belíssimo e exótico texto, também me deixou extasiada. Assim escreveu: “Para acalmar a saudade no fim do dia, se adormece por falta de palavras que convença a dor da nostalgia. Ela se apraz em soprar qualquer ferida ardente que se faz aberta dentro da gente. Chega de mansinho trazendo nas mãos jasmim, bate no portão, e ao entrar deitam suas sementes na grama que, em pouco instante, brotam, perfumam e enfeitam, sendo assim uma nova veste é dada ao jardim. Sem a nossa permissão ela invade noite adentro e, se pedimos para que vá embora, faz bico e arrelia. Nem é bom querer compreendê-la, é quebra de braço perdida! Como ninguém ela sabe pedir pra ficar, pois descaradamente insiste, sorri, e nos envolve com um abraço tão quente, que só nos cabe dormir ao seu lado, após o silêncio reinar.” Pollyana Batista

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