Ariadne e Teseu, pintura francesa do século XIX |
sábado, 27 de abril de 2013
Ariadne
Entre tuas mãos, como uma dança com o fogo.
Entre tuas ancas, a vida por um triz se desfaz e se refaz. Movem-se
lenta e rapidamente, as nuas pernas tuas. A um passo do abismo infinito
do teu hálito de mato, afago as bruxas na tua bruma de pelos,
escura noite sem lua onde deito e durmo meus medos. Eu, perdido Teseu,
recebo tua espada e fio, como se ainda houvesse caminho de volta para
esse irremediável labirinto.
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