sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Abraçaço

Tem abraço que é um poço sem fundo, cabe quase tudo. Não termina onde acaba nem começa por um fim. Abraço assim já veio preparado antes dos braços chegarem ali. Abraço circular, no tempo e no regaço. Aperta bem. Abraço bom exige certa força. Abraço desse tipo é do tipo mais gostoso.


2 comentários:

  1. Outro dia encontrei um diário, daquele que se escreve sem medo de alguém achar. Nele tinha muitas siglas, rabiscos e desenhos, acho que nem quem escrevia sabia decifrar. Teve um texto que chamou bastante minha atenção. Era uma anotação de 10 anos atrás, descrevia algo sobre o abraço. Havia desenhos de abraços em várias escalas de intensidade e cumplicidade. Desde aquele cerimonioso, como aquele abraço dado por alguém que parece ser mutilado, ainda que os braços estejam lá, até aquele que os corpos dispensam braços, pois tanto faz estarem ali; e acima de cada desenho havia uma ampulheta em escala crescente de tempo. Fiquei matutando qual a relação daqueles abraços com as ampulhetas! E acabei utilizando o desenho para trabalhar como ferramentas da linguagem com uma turma. Após a discussão sobre o tema, sugeri como atividade a elaboração de um texto baseado no desenho. Uma aluna utilizou para redigir o texto seu blog e uma canção de Caetano. Achei bastante interessante o texto dela, e resolvi conferir a citação. Parabéns pelo harmonioso conjunto de linguagem! Pollyana Batista.

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    1. Olá Pollyana,
      Obrigado pela visita e pelas palavras. Fico muito contente que esse meu textinho tenha sido usado por uma aluna sua e tenha lhe despertado o interesse de vir aqui. Um abraçaço pra você!

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