quarta-feira, 16 de março de 2011

Obama: We can?

Obama vem aí... Talvez aqui no país encontre algum alento para suas dores na pátria de origem. Seja por sua omissão ou pelas contingências do cargo e do momento, a esperança nascida com sua eleição se transformou em decepção... Todo o mundo esperava muito mais. Obama falhou não apenas no que o momento histórico lhe negou. Falhou também no que estava ao seu alcance fazer e não fez (Guantánamo é um pequeno exemplo... Wall Street, um grande!). Não se portou como um estadista que guia seu povo no momento das dificuldades como na crise de 2008 incubada pelos seus antecessores (com ênfase no nefasto governo Bush Júnior). À época de sua eleição ficamos todos impressionados que os EUA, com a chegada de um negro na Casa que é Branca, se dirigiam mais à esquerda (se pudermos dizer assim) enquanto a Europa protagonizava uma volta retumbante da Direita. Era um estranho e esperançoso paradoxo. No entanto, o país que, dada a sua influência planetária, tem possibilidades de ser um farol para o mundo, seja para o bem ou para o mal, volta agora, devido em grande parte a decepção Obama, a apresentar-nos a iminente volta da face mais dura da política egoísta, neoliberal, arcaica e imperialista que tanto difama a história recente daquele país: os democratas com a maior derrota parlamentar de sua história e o que há de mais radical e de direita nos EUA (Sarah Palin e o Tea Party) com reais chances de ocupar a Casa Branca... Se fosse só problema deles, menos mal... Pior é que respinga no resto do mundo, ainda demasiadamente dependente da política norte-americana... Infelizmente, Obama não foi (so far) "o cara". Ah, as Utopias... We can still believe? Hope so...

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