segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Secessão, Escravidão e Lincoln

Acabo de ver "Lincoln" (Steven Spielberg), 12 indicações. Apenas uma delas entendo perfeitamente: a atuação de Daniel Day-Lewis no papel título. Se não se tratasse de um filme sobre um ícone americano em um momento crucial no país (naquela e nessa época), dificilmente chegaria a tantas indicações... Não é um grande filme. Lendo os críticos de cinema dos EUA é raro encontrar algum que realmente analise o filme sem se referir quase que exclusivamente à lembrança do Presidente que acabou com a escravidão e, em muito menor proporção, às suas características artisticas ou técnicas (que não duvido que as tenha, dado meu pouco conhecimento de cinema). Aliás, não fosse pelos soldados negros reclamando direitos no ínicio do filme, a abolição pareceria única e exclusivamente um "presente" dado por Lincoln, pois o diretor não faz nenhuma menção a luta dos afroamericanos pela sua liberdade. Os dilemas do Presidente em um momento histórico que terminaria uma guerra e reunificaria o país são realmente bem interpretados pelo Daniel Day-Lewis; dado o contexto da festa, dificilmente ele não leva o Melhor Ator. Dito isso, a festa é norte americana e entendo que assim seja Hollywood. Prefiro a escolha de Cannes, com "Amour" (Michael Haneke) que talvez leve o de Melhor Filme em Língua Estrangeira.

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