terça-feira, 1 de maio de 2012

O Veto

 
Eu confio. A Presidenta certamete vetará em grande parte o anacrônico e, na minha opinião, natimorto Código Florestal. Dilma já deixou claro que não permitirá o avanço da agropecuária sobre áreas de florestas protegidas e muito menos perdoará com anistia os que descumpriram a legislação ambiental. Quem conhece bem a moderna agricultura, com os recursos técnicos e intelectuais consideravéis de que dispomos, sabe que não precisamos da destruição de mais áreas de vegetação nativa para produção de alimentos. Fome e segurança alimentar são problemas de desigualdade social, não de produção agropecuária. O texto aprovado pela Câmara dos Deputados pode ser classificado, para o dizer o mínimo, de vergonhoso. O texto que o Governo e o Senado negociaram tinha suas falhas... Mas o que saiu da Câmara é um monstro anacrônico! A Câmara dos Deputados, por sinal, não perde a oportunidade de nos deixar atônitos e embaraçados com sua desconexão em relação a um país que já merece mais e melhor de seus representantes. Ver o sorriso de "líderes ruralistas" que parecem saídos de um tempo de trevas, como Ronaldo Caiado, e as manobras de políticos da base aliada e do próprio PT capitaneados por Paulo Paim (PMDB-MG), com seus mandatos devedores aos financiamentos de campanha (outra chaga que precisa de intervenção...), acender as velas do atraso, é assombroso. Temos bons políticos na casa, vale dizer, pois jogar lama em tudo só serve aos canalhas que precisamos desapropriar de gabinetes e ministérios (É a nossa velha e combalida, mas sempre necessária, esperança na Democracia e no voto popular). Isso tudo a menos de 60 dias da Rio+20 e de o Brasil, como nação de rica biodiversidade e crescentes avanços sócio-econômicos, poder sinalizar caminhos de sustentabilidade ao mundo. A Presidenta Dilma, certamente, vetará.

2 comentários:

  1. Lançar olhar para uma sociedade que as fronteiras dos limites políticos, econômicos, socioeconômicos e ambientais lutam rumo ao progresso, faz com que não deixemos sossegada a vontade de fazer parte dessa mudança, mesmo que a participação pareça um gesto silencioso, como simples cartazes, com apelo de VETO, em plena arena assistindo o timão, manifestos isolados que expressam “GRITOS” individuais, unindo-se a um coro, por nosso direito de voz. Em breve teremos mais uma eleição, que o ato responsável de VETO, seja fruto de nossas escolhas, não acatando a entrada de candidatos descompromissados, ou que, pareçam menos descomprometidos com o progresso.

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  2. É a nossa velha e combalida, mas sempre necessária, esperança na Democracia e no voto popular.

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