terça-feira, 29 de maio de 2012

O Chapeleiro Maluco e a Contaminação por Mercúrio

Johnny Depp, na versão de Alice de Tim Burton

O Chapeleiro maluco sempre será associado ao personagem de Lewis Carrol em Alice no País dos Maravilhas.  Poucos sabem (meus alunos de pós-graduação em Solos e Qualidade Ambiental, por exemplo, ficam sempre surpresos quando lhes conto o fato para animar nossas aulas...), no entanto, que a origem do personagem vem da expressão inglesa “mad as a hatter” (em brasileiro: louco como um chapeleiro). Esta origem se relaciona a uma doença comum naqueles que trabalhavam na manufatura de chapéus no século XVII.  Uma solução de mercúrio (Hg), um metal extremamente tóxico, era usado no processo de feltração dos chapéus. Os chapeleiros inalavam os fumos de mercúrio (o que era facilitado pelos ambientes com pouca ventilação em que trabalhavam) e desenvolviam sintomas neurotoxicológicos como tremores, perda de coordenação, depressão, irritabilidade e ansiedade. Resumindo, “A Síndrome do Chapeleiro Maluco”. Mas Lewis Carrol, bom que se diga, não inventou o ditado; ele apenas refletiu em sua bela estória uma situação bastante comum na época da primeira publicação de Alice (1865). 

Um comentário:

  1. É sempre bom saber coisas novas, quando pensar em mercúrio irei lembrar desse acontecimento.

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